domingo, 16 de setembro de 2007

1º post

Chegou-me às mãos um texto que eu gostaría de o publicar. Não sei quem é o autor, daí não lhe pôr o nome, mas merece que se soubesse quem o escreveu, porque vale a pena todo o texto. Aliás, o nome desse texto chama-se, exactamente:

Portugal vale a pena:

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-

nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço

um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.

Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu

conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os

vende para mais de meia centena de mercados.

E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual

você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que

quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas

de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.

E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde

se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados

Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores

agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país

que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do

mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia

os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática. Eu conheço

um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão

inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas. Eu conheço

um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros

clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um

sistema muito cómodo de passar nas portagensdas auto-estradas. Ou que vai lançar

um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial

na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas

provas vários dos melhores vinhos espanhóis.

E que conta já com um núcleo de

várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou

e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para

telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros

de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses,

desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em

Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se,

por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP,

Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical

Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte

d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft,

Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos

grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas

por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos

obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch,

Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um

sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas

em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da

Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no

ambiente, etc.

Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou

o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos

disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente

o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida

de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia

de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-

nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar

o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados,porque não hão-de os bons serem

também seguidos?